FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA
Natural
de Santa Cruz, na região Agreste potiguar, Monsenhor Assis, que era capelão da
Igreja de São Judas Tadeu, no Tirol, ficou conhecido por defender a causa da
beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu. O sacerdote, eleito postulador
romano da Santa Sé junto às Congregação das Causas dos Santos, foi
responsável por investigar e reunir documentos históricos e defender a
argumentação perante o então papa João Paulo II que comprovou a autenticidade
da fé durante o massacre.] Ordenado sacerdote em 13 de abril de 1958,
Monsenhor Assis estudou em Roma, onde fez doutorado em Filosofia e em Teologia.
Ade volta a Natal, atuou junto as paróquias de Nossa Senhora Aparecida, em
Neópolis, da Sagrada Família, nas Rocas, e de São João Batista, em Lagoa Seca.
Paralelo ao trabalho como postulador, Monsenhor Francisco de Assis Perira atuava na construção do Arquivo da
Arquidiocese de Natal. Considerado um intelectual e pesquisador incansável,
escreveu e acumulou vasto acervo sobre estudos eclesiais, tendo publicado
apenas dois livros, um sobre a história os Protomártires do Brasil e outro
sobre o Beato Mateus Moreira, patrono dos Ministros da Eucaristia. Também foi
professor da UFRN, do Departamento de Filosofia.
“Era um intelectual, homem reservado, mais
conhecido pelo dom da escrita, do que da oratória”, disse a sobrinha, a irmã
Vilma Lúcia de Oliveira, que assumirá as atribuições junto ao Arquivo
Eclesial. “A Igreja perde um arquivo”, lamentou a sobrinha irmã Vilma Lúcia de
Oliveira, sucessora
Nos
últimos anos, o Monsenhor Francisco de Assis Pereira se dedicava de três
processos de beatificação - o de Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira
(Olinda - PE), Padre José Antônio de Maria Ibiapina (Guarabira-PB) e de
reabilitação histórico-eclesial do padre Cícero Romão Batista, do Juazeiro
(CE). Esse último buscava reverter a excomunhão do padre Cícero.
Os processos se encontram no Vaticano, para ser
submetido à análise da Congregação das Causas dos Santos. De acordo com o
chanceler da Cúria Júlio Cezar, o postulador era responsável por reunir
documentos que atestassem a integridade e vida dos religiosos investigados.
Desde 2002, levantava a história de vida e
santidade do padre João Maria Cavalcanti de Brito, o “padre João Maria”, e do
Cônego Luiz Gonzaga do Monte, o “cônego Monte”, à pedido do arcebispo Dom
Heitor de Araújo Sales. De acordo com o chanceler da cúria padre Júlio César,
nesses se trata ainda de investigações ainda junto às paroquias, não tendo
ainda previsão de quando serão, sobretudo agora, concluídos para apreciação da
Santa Sé.
FONTE
– TRIBUNA DO NORTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário